domingo, dezembro 28, 2008

Receita de Anestesia


Uma dose de conhaque
Uma dose de cachaça
Uma dose de licor de menta
Coca-Cola
Gelo

Saude!!!

quinta-feira, dezembro 25, 2008

Feliz


Contrariando essa manhã
E esse sol impune
Um sorriso se vez vivo
Onde mesmo não cabia

Surpresa tanta! Susto!
E a gargalhada estava em ciranda
Com passos variados, varias posses
E um leve ar de certeza...

Tamanho pranto do outro eu
Que nada veio a entender
E fugiu apagando as luzes
Esperando o café da manhã

E o mar pareceu mais iluminado
As pessoas eram interespaciais
O coração esguichava sangue quente
O tempo parecia feliz!

domingo, dezembro 21, 2008

Falta


A dimensão que eu vivo agora não tem cor. O lado que eu tanto temia invadiu o espaço e se tornou lado inteiro. O relógio so me lembra o quanto eu quero que ele combine com o tempo uma mudança brusca, afim de que os passos sejam mais velozes e a certeza única mais iminente. 
Preciso agora de um relampago. Preciso agora de um nada gigantesco. Ou sera que preciso acabar de vez com essa loucura e tingir de vermelho meu tapete branco??
Nunca mais eu havia visto o sol as 5 e 27 da manha,e , agora, este fato se tornou corriqueiro , e pelo convite da madrugada insistente me perco nesse devaneio e espero os raios amarelos invisiveis que invadem meu quarto.
Meu tempo é bom...
Meu tempo é curto...
Meu tempo é de dor...
Haverá escondida num baú a alegria concentrada?? A janela mente pra mim na imensidão do mundo, menti cegamente que me perco nas nuves bailarinas que indicam a discordanao de tudo que sonhei, de tudo que planejei , de tudo que seria a aurora mais colorida.
Tudo bem. Esta passando. 
Quando não houver mais oxigenio: Eu aviso!

terça-feira, dezembro 09, 2008

Eu queria ter uma filha

Numa dessas noites especiais...a inspiração!

O Triste




O
triste levanta as 10 horas da manhã ainda com sono. Ele olha no espelho e vê o esboço do que seus pais tanto sonharam. As memórias do triste trazem alegrias e desgraças. Ele pensa em que desgraçado segundo sua vida ruiu, seu sonho virou poeira e suas mazelas tomaram rédeas de sua vida. Mas como todo triste , ele ainda sonha... Sonha e pensa que tudo vai virar felicidade ( e pensa cegamente nisso), que os filhos um dia enfeitaram seu jardim colorido e que o natais serão como há décadas atrás. Ele faz seu trajeto rotineiro de cada santo dia, percebe o perfume nos cabelos da menina que senta ao seu lado na vã e imagina como seria divino sentir aquilo mais de perto. O triste vive num mundo onde nada é ruim e divaga, o que faz sua tristeza se agravar ainda mais. O triste esqueceu que todo sonho custa caro e ele não tem dinheiro nem pra voltar pra casa, nem pra tomar uma pinga e quem dirá um ônibus... Ele vai voltar a tardinha contando as flores e admirando o mar nervoso que destroe a orla furiosamente. O triste uma vez comparou a fúria do mar com um olhar que recebeu de uma pessoa que amava muito...
O samba triste que tocava num bar encardido a beira mar chamou atenção do triste. Naquele instante, meio que por instinto, o triste sentou na ultima cadeira e pediu um conhaque. Bebeu e batucou o samba inteirinho na mesa, misturando o amargor da bebida com os dissabores daqueles últimos meses. Pensou na ponte do mar, no alto do prédio , pensou na garrafa inteira de conhaque , pensou na corda no pescoço e só o que lhe desviou o pensamento foi o amor que ainda amarrava a condição de um triste a continuar, amor este que respondia pelos nomes de amanhã, desejo  e esperança.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Seu Tião


Cada dia ele olhava pras velhas fotos. Via sua vida concretizada e sorria o riso do vencedor. A simplicidade do seu caminho era traçada em felicidades vistas nas rugas de seu rosto sereno. A criança pobre e arteira dera lugar a um homem forte, decidido e de uma alma tão bem humorada que ate Deus gargalharia ao seu lado. Os seus filhos eram o espelho de seus sonhos. Ele dera a vida que não teve para eles. Ele era o pai que queria ter tido. Todo domingo acordava cedo e os pequenos que eram seus fãs já o ladeavam pro passeio sagrado de todo fim de semana. Era extensão de seu sangue o amor apaixonado pelo Atlético Mineiro, e, ir ao Mineirao era uma espécie de missa. Ele que tinha 10 irmãos mantinha em seus princípios o amor a família, aos costumes de bem e a luta pela vida. Seu jeito simples e alegre fazia tudo parecer fácil, tão fácil quanto um gol de Reinaldo com a camisa do galo. Sua esposa era o alicerce de sua vida, ela conseguia traçar juntamente com ele uma historia de realizações. Aquele jeito singular de ver tudo com olhos calmos atraia ao seu redor tudo que era bom, e ser seu amigo era algo que trazia uma dignidade so pelo ser. Subiu na vida devagar, gradativamente e todos os seus atos eram nada mais que um reflexo da sua forma de agir e de encarar o mundo. Sorria com sua esposa a cada raiar de segunda-feira, beijava cada filho antes de encarar sua rotina costumeira e prometia alegria quando regrasse. Tinha suas manias e seus vícios, gostava de futebol e era um exímio meia- direita do time verde do clube. Contava piada no depois das partidas e roubava no jogo de truco tão bem que era sempre disputado para uma dupla. Bebia cerveja sorrindo. Ouvia os amigos paciente. Contava a ultima novidade e comentava discretamente pelo canto da boca sobre a morena de shortinho amarelo e minúsculo que sambava faceira pelo quiosque com um copo de cerveja na mão. O seu trabalho era sua grande paixão. Vivia em meio a novas conquistas, ao reconhecimento profissional pelas ideias que aplicava e tudo aquilo que um sábio agricultor colhe na grande safra. Era um jogador experiente. Sabia exatamente a hora de fazer a jogada perfeita, de dar o chute certeiro, o golpe de mestre. Nos seus momentos de folga não hesitava em pegar sua esposa perfumada e partir matreiro e feliz para uma gafieira, um samba de roda ou um show de musica sertaneja. Dançavam feito dois iniciantes e o baile todo parava pra admirar e aplaudir aqueles dois tão cheios de vida, de leveza e de gingado. Controlava as caipiroskas da sua mulher com todo seu estilo, quando percebia que o alcool já se fazia nitido no cantarolar da morena, ele a tirava rapidamente pra mais uma rodada no salão. O mundo parecia ser fácil. Tudo parecia que era simples demais. Ele passava pros seus próximos que a grande jornada de existir sempre teria um final feliz como em toda novela, toda musica alegre e todo filme de amor. O sorriso que quebrava as barreiras. O prazer de ser benquisto até por um militar. A certeza de que se ter esperança sempre faz do coração uma nave espacial com o poder de conquistar varios planetas, varias estrelas e varios outros tantos corações. Hoje ele continua sorrindo. Brinca com seus netos despreocupado. Bate sua bola todo fim de semana. Reclama do juiz. Gosta que a esposa sirva a comida quentinha no prato como faz a tantos anos. Apenas não perdeu a mania de reparar nos shorts curtos das morenas que sempre desfilarão apetitosas, sugestivas, misteriosas e infinitamente convidativas a seus olhos sempre, sempre, sempre atentos!!!!!!!!

Eu escrevi um poema triste




Eu escrevi um poema triste

E belo, apenas da sua tristeza.

Não vem de ti essa tristeza

Mas das mudanças do Tempo,

Que ora nos traz esperanças

Ora nos dá incerteza...

Nem importa, ao velho Tempo,

Que sejas fiel ou infiel...

Eu fico, junto à correnteza

,Olhando as horas tão breves...

E das cartas que me escreves

Faço barcos de papel!


A Cor do Invisível - Mario Quintana

terça-feira, dezembro 02, 2008

Ismalia 2008

Tanto Faz


Tanto faz

Se a música da chuva é nova

Se a cidade sorri a noite

Tanto faz...

Sempre aquela explosão

Outra vez um porre seco num copo invisível...

De novo a vida distante

Num livre arbítrio que deseja matar...

Há na porta um risco pálido

O rabisco esquecido!

O espaço vazio da sala

Assiste o desabrigado embriagando-se...

Tanto faz agora

Se é no intervalo dos gols noturnos

Na chuva que molha a cama

Agora mesmo : Tanto faz...!!!!
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Filme na madrugada. Disco velho. Livro empoeirado. Caixa fechada. Coração trancado. Monossilabo. Plural. Só. Viajante . Caseiro.