terça-feira, maio 31, 2011

Despedaçados

É nesse exato momento
Que encontro seu corpo
E minha cabeça
Perde a direção
É nessa falta de razão
Que o mundo se parte
E fica aos pedaços
As duas partes
No segundo exato de voce
Acontece uma explosão!
E me enterro feliz
No jazigo de perfumes de ti!

segunda-feira, maio 30, 2011

Gira Louco

Desafio a regra geral...
O cidadão ocidental!
Sou feliz no norte
Que me desnorteia de amor!
Minha filha alegria
Piscina festiva
Salgada alegria
Doce do meu amor!
E gira o carrosel
Voltas loucas de amor
E gira meu coração
Algo que não sei quem sou!
E na lentidão dos fatos
Existe um anjo passista
Que ensaia lisergico
O passo tenro da felicidade!!

Pior Parte de Mim

Pior parte de mim
O que aceito calado
Estático e mudo
Diante os fatos!
Pior parte de mim
O que esta na face
O que se reparte
E causa um tumor!
Pior parte de mim!
O que me ilude aceso
E vela meu desespero
E se apodera de mim!
Pior parte de mim!
O que traz pouca sorte
O que me tira o norte
E faz total confusão!

quarta-feira, maio 25, 2011

Depressão A Cores !

Eis que volto rapidamente da volta pela praia. Subo as escadas com um sorriso estranho no canto da boca relembrando do sol vivo que me despertou de repente.
Era agora um tempo de cortes! Cortes de amarras, cortes de lembranças e tristezas, cortes na pele pra jorrar o sangue doente do espírito invisível e pesado. Precisava agora da vista bonita da varanda, do pássaro insistente que pinta em traços transparentes todo o arco-íris que emoldura o céu do meu pensamento e do mundo.A solidão tinha agora um sabor diferente.Eu comecei a enxerga-la com novos novos, novos drinks, novos olhos e velhas manias. Novamente o video game! Novamente um best-seller! De novo a vitrola e a pilha de 200 vinis!
A proximidade da praia traz a depressão para o banco dos réus! Ela chega envaidecida e surpreende com seu colar de havaianas!
Entra dançando e confunde todo sentimento e todo juizo possivel!Olha desdenhando e seus olhos dizem para que ninguem se preocupe com ela! Embaralhamento!
Então ecoa em meus orgãos internos a gargalhada em sirene!A gargalhada que abre espaço para meus novos passos!
Me acometo ávido em lucidez e corro em estado de felicidade! Penso agora como um louco na existencia do paraiso que há muito havia esquecido!Brinde! Brinde! Um brinde!

quinta-feira, maio 19, 2011

Álcool e Rock: Uma mistura explosiva e Inconseqüente

Os anos 60 e 70 ficaram conhecidos pelo alto consumo de drogas. Muitos artistas adicionaram à criatividade boas doses de LSD, heroína, cocaína e todo tipo de entorpecentes. Alguns deles não viveram muito para contar, e outros sobreviveram e de uma forma ou de outra conseguiram levar seus trabalhos adiante.


O mesmo não acontece, em regra, com viciados em uma droga mais leve, mas que ao mesmo tempo diminui drasticamente a capacidade produtiva das pessoas: o álcool. Apesar de ser socialmente aceito, o álcool tem efeitos tão devastadores quanto algumas das drogas mais pesadas, e levaram alguns astros do Rock ao fundo do poço.

Este artigo, longe de ser moralista, quer somente mostrar algumas histórias de rockstars que tiveram problemas por conta da bebida. Nós, do MOFODEU (www.mofodeu.com) somos adeptos de uma cervejinha e de um bom whisky e sempre gravamos nosso programa tomando um ou outro aperitivo.

O motivo de levantar essa história é só para ilustrar o programa que entrará no ar no nosso site a partir do dia 14 de fevereiro.

Os casos mais traumáticos que envolveram alcoolismo e o rock nos anos 60 e 70 foram os que culminaram com as mortes de Keith Moon (lendário baterista do The Who), Bon Scott (vocalista do AC/DC) e John Bonhan do Led Zeppelin.

Keith Moon tinha como sua marca pessoal a irreverência, que muitas vezes era potencializada pelo álcool. Apesar de ser adepto de outros tipos de droga, Moon ficou conhecido por grandes bebedeiras, numa delas se envolvendo inclusive num acidente automobilístico que ocasionou a morte de uma pessoa (mais tarde Moon foi inocentado).

No auge dos seus porres, o baterista do Who gostava de exibir seu instinto destruidor, colocando fogo em objetos, quebrando instrumento e destroçando quartos de hotéis. Entre as lendas que giram em torno às bebedeiras de Moon estão a destruição de um banheiro com fogos de artifícios e o “naufrágio” de um Lincoln Continental (um carro de luxo) numa piscina durante a festa de seu aniversário de 21 anos.

Porém, o alcoolismo trouxe resultados muito danosos a curta vida de Keith Moon. Em meados dos anos 70 ele procurou ajuda para se livrar do vício que já prejudicava seu incrível talento. Durante o tratamento Moon apresentou uma síndrome de abstinência ao álcool que viria levá-lo a morte. Na madrugada de 7 de setembro de 1978, após um jantar com Paul e Linda McCartney, após a pré-estréia do filme de um filme sobre a vida de Buddy Holly, Moon foi encontrado morto no quarto do hotel onde estava hospedado. A causa da morte foi overdose. Ele havia consumido 32 comprimidos do medicamento que fazia parte do seu tratamento contra o alcoolismo e acabou falecendo.

John Bonham, do Led Zeppelin, tinha um temperamento totalmente oposto ao seu companheiro de profissão do Who. Ele era um cara contido e tímido e só se liberava sua agressividade quando estava com as baquetas nas mãos. Bonham era um cara caseiro e detestava a rotina das grandes turnês, que iam de encontro com o seu modo de ser.

A alternativa encontrada por Bonham para suportar os longos períodos longe de casa foi se entregar a bebida. Ele ficou conhecido como um dos maiores bebedores do meio do rock, mesmo mudando pouco seu comportamento por conta dos porres. A cerveja era seu aperitivo favorito e existe a lenda que a inspiração para o símbolo que compunha o logo dos 4 membros do Zeppelin teria sido criado com inspiração na bebida. Os três círculos entrelaçados, que por muitos é interpretado como um símbolo de “homem, mulher, criança”, teria sido uma cópia invertida do logotipo de sua cerveja favorita: a Ballantine.

Assim como no caso de Moon, as bebedeiras do baterista do Led Zeppelin também acabaram de maneira trágica. No dia 24 de setembro de 1980, após beber cerca de 40 doses de vodca, John Bonham adormeceu na casa de Jimmy Page, sendo encontrado morto na manhã seguinte, sufocado em seu próprio vômito.

Bon Scott era o estereótipo do escocês típico. Eventualmente usava seu kilt (espécie de saia), tocava gaita-de-fole e era chegado num bom whisky. É bom ressaltar que ele tinha “scott” até no nome. Nem precisa dizer que ele era chegado numa boa farra e era freqüentador assíduo dos pubs escoceses, ingleses, irlandeses e dos botecos de toda parte.

Sua entrada no AC/DC fez com as bebedeiras aumentassem e não foram poucas as vezes em que ele se apresentou embriagado. Infelizmente, sua trajetória promissora também foi interrompida pelo vício. Após um coma alcoólico (oficialmente relatado como envenenamento por álcool) , assim como Bonham, Bon Scott morreu sufocado no seu próprio vômito.

Vizinha da Escócia e também pródiga em bons whiskeys, a Irlanda revelou alguns dos grandes beberrões da história como, por exemplo, os caras do Thin Lizzy. O líder da banda, Phill Lynott, apesar de não ser irlandês, era um grande apreciador de toda espécie de bebida, e logo manifestou dependência à droga.

A apreciação por gêneros etílicos ficou registrada na canção “Whiskey in the jar”. O tema trata-se, na verdade, de uma canção tradicional irlandesa, adaptada pela banda. A música trata de um velho andarilho que, viajando pela seu país, se mete em confusões por conta de bebedeiras. O refrão traz uma forma tradicional de se brindar, “Musha rig um du rum da”, e dá graças por haver whisky na jarra.

Mas o que foi inspiração, também trouxe tragédia. O alcoolismo de Lynnot o fez ficar internado em clínicas de reabilitação um sem-número de vezes, até o seu falecimento. Em sua última internação, ele faleceu de um ataque do coração, devido também ao consumo de outras drogas.

O Kiss também é uma banda cujos integrantes volta e meia são envolvidos em bebedeiras. Especialmente os dois membros originais da banda que foram afastados duas vezes: Ace Frehley e Peter Criss. As duas saídas deles da banda foram cercadas de muito mistério, mas é quase certo que as bebedeiras do guitarrista e baterista originais da banda sejam o maior motivo. Frehley vem a anos tentando deixar o alcoolismo, mas em vão. Em 2001, todos se cansaram do estilo beberrão do guitarrista e colocaram-no na rua pela segunda vez.

Uma das maiores contribuições de Frehley para a banda foi um dos clássicos do Kiss: “Cold Gin”. A música fala de como um gim gelado pode ser útil para amenizar o calor e facilitar as coisas com uma garota. Ele ainda exalta, na letra, o poder da bebida que, além disso, tem outro benéfico: é muito barata. Uma fanfarronice típica de letras de rockeiros bebuns.

Outro clássico do Rock que fala sobre bebedeiras é “Alabama Song” do The Doors. A música, que tem como subtítulo “Whiskey Bar” é uma adaptação feita pela banda de um trecho da ópera “Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny” de Bertold Brecht. Na canção o personagem da ópera, Jenny, fica perambulando de Whiskey Bar em Whiskey Bar demonstrando certo desespero por não outros mais.

A atitude de Jenny na letrada da música pode ser atribuída a de muitos rockeiros, como os do próprio Doors. Jim Morrison teve muito problemas com drogas, que eram agravados pelo consumo concomitante de bebidas de alto teor alcoólico. Era comum de Morrison aparecesse embriagado em sessões de gravação de álbuns e em apresentações ao vivo. Muitos atribuíam essas atitudes ao sua timidez afirmando que as bebedeiras eram a única forma de Jim encarar seu público.

São inúmeros os casos de rockeiros envolvidos com o álcool, como não é possível detalhar caso a caso, eis uma lista com alguns outros beberrões:

- Alice Cooper: largou a religião Mórmon pelo vício do álcool

- Elton John: nos anos 70 teve diversos problemas de saúde por conta da constante mistura de álcool e cocaína

- Eddie Van Halen: suas bebedeiras tinham alto poder destrutivo. Suas brigas com companheiros de banda são quase sempre causadas pelo álcool.

- Danny Kirwan: Deixou o Fleetwood Mac por conta do alcoolismo, nos anos 70.

- David Byron: foi demitido do Uriah Heep por causa das bebedeiras. Faleceu em 1985 por conta do alcoolismo.

- Micheal Clarke e Gram Parsons: companheiros de Byrds, Flying Burrito Brothers, os dois tiveram muitos problemas com a bebida. Parsons, guitarrista, faleceu em 1973 depois de misturar morfina com álcool. Clarke, bateristas, foi alcoólatra até quase o fim da vida. Em 1993, pouco antes de morrer, deu declarações tentando mostrar os perigos do álcool. Após sua morte, a família de Clarke fundou uma instituição de combate ao alcoolismo infantil.

- Ronnie Wood: O rockeiro boa praça fez ótimas amizades em suas bebedeiras. Por ser tão sociável conseguiu fazer parte dos primeiros discos solos de Jeff Beck, além do Faces e depois dos Rolling Stones. Porém, a bebida já o fez ser internado em clínicas de reabilitação um sem-número de vezes.

- Ringo Starr: Após o fim dos Beatles, o baterista entrou em depressão e começou a beber muito. Nos anos 80, o ostracismo e a bebida fizeram com que Starr fosse internado diversas vezes para desintoxicação. Hoje ele se diz curado do vício.

sábado, maio 14, 2011

Estranho

Fixo na parede do tempo
Vejo pelas fendas do passado
Um retrato estranho
De um ser inventado

Vejo algo perdido, bandido
Amor recolhido
Instinto nocivo
Ao que aconteceu

E ando em circulos louco
Na companhia do copo
E dos meus labios ecoa
Uma música de morte

Enquanto ando e respiro
Me disfarço de vida
Perambulando internamente
Sob os pedaços que posso colher!!

terça-feira, maio 10, 2011

Nasi - eterno vocalista do Ira!

Nada de álcool, cigarros, drogas. Minha adolescência não teve nada a ver com o que sou ou, pelo menos, com o que já fui. Pode não parecer, mas eu era atlético: jogava bola, treinava kung fu, fiz até halterofilismo. Juro. Levantava peso para competir.
Tive também uma fase introspectiva. Não vou falar que eu era nerd. Mas era qualquer coisa parecida com isso. Não brincava muito na rua. Preferia estudar ou ficar lendo no meu quarto, sabe? Levava até bronca do meu pai, que falava "pô, vai pra rua!". Aí, depois que eu fui, ele se arrependeu.
Meus amigos também eram assim. A gente ia ver exposições e peças de teatro. Discutíamos literatura.
Aí surgiu a fissura pela música e minha coleção de discos de rock. O punk inglês se transformou em paixão. Não tinha ninguém fazendo nada parecido aqui no Brasil.
Depois disso, eu mudei da frente da classe para o fundão. E consegui minha primeira namoradinha. Até hoje sinto saudades. Era linda! Namoro sério, ficamos uns quatro anos juntos --na época eu ainda não cantava, né?
O pai da menina me odiava. Quando íamos ao sítio deles, me obrigava a cortar lenha. Era o jeito de me deixar longe dela. Mas eles moravam perto do colégio, então eu passava a tarde toda na casa deles. Era um jeito de filar boia. Mas não só isso, né?
Foi com essa namorada que tive a primeira transa sem ser com uma prostituta, eu tinha de 15 para 16. Demorou mais de um ano para conseguir. Passamos um tempão se beijando, depois se conhecendo, se tocando...
Arquivo pessoal
Reprodução de foto do cantor Nasi (Marcos Valadão Rodolfo) com sua prima Viviane no carnaval de Salvador de 1978. Credito: Arquivo pessoal ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Aos 16 anos, no Carnaval com a prima Viviane
Minha sexualidade surgiu um pouco antes. Eu espiava a empregada tomando banho e trocando de roupa. Até que meu irmão, cinco anos mais novo, me dedurou.
Meu irmão sempre foi folgadinho pra caramba. Minha primeira briga de rua, aliás, foi por causa disso. Um valentão começou a bater nele no meio de um futebolzinho, aí eu fui defender meu irmão dando socos. E gostei, esse que foi o problema, né?
Tinha também que minha escola era bastante controladora. O diretor inventou uma vez que precisava usar avental para ir à aula. Aquilo era ridículo, rasguei o avental.
Por essas e outras, começaram a me chamar de nazista. Nazi era o jeito carinhoso. Mas eu não gostava. Então mudei, para tirar a carga do nazismo. Virei Nasi, com "s".
Eu queria cursar veterinária, mas só passei em universidades particulares. Meus pais não podiam pagar, fui fazer história na USP.
Foi quando o Ira! começou a tomar forma. Eu fui desistindo aos poucos da faculdade para me dedicar à música.
E sabe como é vida de músico, né? Muda tudo. Cigarro, álcool, drogas. Ser roqueiro doidinho faz parte do kit, é até charmoso. A gente começa a procurar garotas lindas na plateia. Afinal, você está em cima do palco, sua imagem fica iluminada, a voz amplificada. Gera atração.
Acabei, em 1997, em uma clínica de reabilitação por causa das drogas. Mas, nessa época, eu já era um adulto.
Arquivo pessoal
Reprodução da ficha da biblioteca da USP do cantor Nasi (Marcos Valadão Rodolfo). Credito: Arquivo pessoal ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Sim, Nasi estudou na USP e era bom aluno
Arquivo pessoal
Boletim escolar do cantor Nasi na sétima série, em 1978. Crédito: Arquivo Pessoal ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Na sétima série, sua única nota que não foi um A ou um B foi em Educação Musical



segunda-feira, maio 09, 2011

Pobre Domingo

Eu sentado diante a tv : Whisky na mão esquerda e um cigarro na direita!
Eu que agora finjo não estar nem aí com os absurdos que me cercam, com os monstros interespaciais que surgem na tela do meu desespero.
Avisto pasmo um senhor repetido, de cara cansada e de mente dominada pela ganância desnecessária, visto que seus bolsos ja estão abarrotados há tempos...insiste na piada sem graça e na falida receita de bolo, sorri um riso reacionário ao avesso, o que da mais cor de insanidade ao quadro do momento desse tempo.Mudo o canal.
Eis que de repente me apavora um ex gordo colossal. A impressão que tenho é a de algo que já nao se faz, que ocupa um espaço tão valioso, que soa como uma desonestidade não pedir o chapeu, pendurar as chuteiras e deixar que outro escolhido continue a história...Coisa difícil de entender, de aturar e de não definir...
Chego ate a varanda e me pego feliz ao tragar novamente o cigarro! O cigarro que me faz tossir é me da no meio do nada outra sensaçao de vivo, de estar vivo. Viva!
Tento não ligar e novamente travo uma batalha com o controle remoto. Percebo agora bem diante a minha quase raiva um tremendo boneco de cera: Riso medido, expressão forçada e a pergunta irritante que persiste em martelar minha cabeça: Será que não tinha ninguém pior ?? Difícil saber...
Enfim, depois de ser despertado pelo vento que estapeou a cortina que veio se lamentar num leve toque em meu ombro, decido calçar meu chinelo velho e ir ao encontro da mais gelada e sagrada bebida de um dia de domingo! Desliguei!

sexta-feira, maio 06, 2011

Tardinha

5 coisas que mudam depois que voce vira pai


1) não consigo mais ler/ver notícias trágicas envolvendo crianças
dia desses aqui em brasília uma garotinha morreu afogada num espelho dàgua de uma escolinha. fiquei super abalado com a noticia. era como se conseguisse sentir o que os pais estavam passando. sinto compaixão profunda que não sentia antes. é só comigo?
2) gratidão pelas noites mal dormidas
toda vez que acordo no meio na noite para ficar com o benjamin ou bem cedinho, 5h30 da matina, fico pensando nos meus pais, imaginando quantas vezes eles ficaram horas sem dormir por minha causa e o sacrifício que eles fizeram para eu chegar até aqui.
3) não me imagino mais em shows de rock
ano passado teve show do smashing pumpkins. como eu ouvia isso! meu deus! eu e meus amigos eward e robson ouvíamos isso até o ouvido sangrar na maior altura! eles foram ao show e eu fiquei.
depois, numa conversa, disse a eles que não me imagino mais num show de rock. acho que fiquei velho mesmo. mas aí lembrei que na verdade é que há 10 anos atrás eu ficava na muvuca, pulando, fazendo mosh e essas coisas. hoje, se eu fosse num show de rock, só mesmo na área vip.
4) atravesso na faixa
aqui na capital tem uma lei que os motorista são obrigados a parar na faixa. é só chegar, parar, acenar com o braço e eles param! mágico não? se não acredita tem vídeos no youtube para comprovar.
desde que o benjamin nasceu, não me arrisco mais a atravessar a rua feito um doido, correndo entre os carros.
5) amo mais
não importa a hora, local e ocasião, toda hora é tempo de amar. esse pequeno deixou meu coração mole. às vezes estou no trabalho e penso no seu sorriso. aquele sorriso que desmancha todo cansaço, sono e preguiça. um sorriso dele faz meu mundo mover-se.

quarta-feira, maio 04, 2011

Trechos de Charles Bukowski

"Dou duas voltas no quarteirão, encontro 200 pessoas e não vejo nenhuma criatura humana. Olho na vitrine das lojas e não há nada que me interesse. No entanto, tudo tem preço. Uma guitarra, ora, porra, pra que me serve uma coisa dessas? Só se for pra tacar fogo. Toca-discos, tevê, rádio. Tralha inútil. Bugiganga imprestável. Um troço pra embrutecer o cérebro. Como soco com luva vermelha de 200 gramas. Popt. Te derruba no chão."


"...sabia que tinha alguma coisa fora do lugar em mim. Eu era uma soma de todos os erros: bebia, era preguiçoso, não tinha um deus, idéias, ideais, nem me preocupava com política. Eu estava ancorado no nada, uma espécie de não-ser. E aceitava isso. Eu estava longe de ser uma pessoa interessante. Não queria ser uma pessoa interessante, dava muito trabalho. Eu queria mesmo um espaço sossegado e obscuro pra viver a minha solidão. Por outro lado, de porre, eu abria o berreiro, pirava, queria tudo e não conseguia nada. Um tipo de comportamento não se casava com o outro. Pouco me importava."


" conseguir vencer através de esforços é ideologia de caipira"


"Quando bebemos, o mundo continua a existir lá fora, mas não está nos agarrando pelo pescoço"


"Somos finos como papel. Existimos por acaso entre as percentagens, temporariamente. E esta é a melhor e a pior parte, o fator temporal. E não há nada que se possa fazer sobre isso. Você pode sentar sentar no topo de uma montanha e meditar por décadas e nada vai mudar. Você pode mudar a si mesmo para se aceitável, mas talvez isso também esteja errado."


"A ficção é a realidade melhorada."


"os esquilos foram lá na minha casa."
"é mesmo?"
"é."
"esquilos?"
"esquilos!"
"e eles eram muitos?"
"eram muitos."
"o que que aconteceu?"
"eles falaram comigo."
"o que que eles disseram?"
"eles perguntaram se eu tava a fim..."
"o que que eles disseram?"
"eles perguntaram se eu tava a fim de uma dose."
"quê? que que você disse?"
"eu disse - 'eles perguntaram se eu tava a fim de uma dose'."
"e o que que você disse?"
"eu disse 'não'."
"e o que os esquilos disseram?"
"eles disseram, 'ENTÃO TÁ, TUDO BEM!'"
"nenhum homem pode jamais chamar uma mulher de sua. a gente nunca é dono delas, só tomamos de empréstimo por algum tempo."
"encontrar uma verdade pela primeira vez pode ser uma experiência muito divertida. Quando a verdade de outra pessoa fecha com a sua, e parece que aquilo foi escrito só para você, é maravilhoso."
"[...] Esse é o problema com a bebida, pensava, enquanto enchia o copo. Se acontece uma coisa ruim, você bebe pra esquecer; se acontece uma coisa boa, você bebe pra comemorar; se não acontece nada, você bebe pra que aconteça alguma coisa."
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Filme na madrugada. Disco velho. Livro empoeirado. Caixa fechada. Coração trancado. Monossilabo. Plural. Só. Viajante . Caseiro.