quinta-feira, junho 30, 2016

Fantasia


quinta-feira, junho 23, 2016

Um Dia


sexta-feira, maio 06, 2016

Final

Inquestionável, ela chegou de repente...Sem barulho, sem holofotes realmente veio cumprir a função do tempo. E não ha recurso nem justiça, não existem aspas ou adiamento. O choro dos demais é em vão e a noite cai indiferente. Talvez tenha faltado alguma palavra, talvez ficou no vento algum carinho tardio ou aquele mesmo sorriso corriqueiro. Talvez uma última bebedeira pra, ironicamente, matar as mágoas afogadas.Porém chegou o dia do "tarde demais" e o cortejo acompanha mudo juntamente ao frescor de infinitas lágrimas a sua derradeira volta pelo quarteirão...Descanse em paz enquanto a guerra continua.

quarta-feira, abril 27, 2016

Nada Demais (28/04/2015)


Nada demais
É só mais um olhar e um desencontro.
O copo me importa mais do que um batom de mentira.
Não é nada demais!
Posso sorrir por um momento, discutir com desatenção.
O que me faz pensar é a volta pra casa, um desatino, um caminho pra pensar.
Eu gosto da mesa vazia e da meia luz
E de verdade e sem o tao falado amor, eu até gosto de voce, da sua ilusão verdadeira...
Não me interrompa o vinho com suas piadas, não agora...
Não distorça o seu sorriso pelo medo da frieza do quarto escuro..nesse calor imenso...
E não exite em um pedido de socorro, me chame porque amigo é pra essas coisas.
Eu não caio mais do 13 andar, e se cair alguma coisa do além faz a queda indolor, quase uma valsa curta com estrondo vivo no fim.Foi so um arranhão.
E no mais, eu tenho que chegar em casa inteiro, não por mim, não exatamente por mim...

mais um olhar e um desencontro...

quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Modinha do empregado de banco

Murilo Mendes

Eu sou triste como um prático de farmácia,
sou quase tão triste como um homem que usa costeletas.
Passo o dia inteiro pensando nuns carinhos de mulher
mas só ouço o tectec das máquinas de escrever.



Lá fora chove e a estátua de Floriano fica linda.
Quantas meninas pela vida afora!
E eu alinhando no papel as fortunas dos outros.
Se eu tivesse estes contos punha a andar
a roda da imaginação nos caminhos do mundo.
E os fregueses do Banco
que não fazem nada com estes contos!
Chocam outros contos para não fazerem nada com eles.




Também se o diretor tivesse a minha imaginação
o Banco já não existiria mais
e eu estaria noutro lugar.

segunda-feira, janeiro 11, 2016

Lugar Comum

Eu sempre estive aqui
Mesmo quando estava longe
E sem saber se chuva ou sol
Mas sempre aqui
Nesse tempo louco
As vezes de cabeça pra baixo
Outras vezes pensando ao contrário
Num passo de vai e vem
Mas sempre por aqui
E que importa essa estrada tão torta
Que leva além do que posso ver
Se esta estrada tem a volta
E traz tudo de volta...
E mesmo perdendo a conta dos passos
Atirando amor por todos os lados
De porta fechada ou aberta
Eu sempre estive aqui
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Filme na madrugada. Disco velho. Livro empoeirado. Caixa fechada. Coração trancado. Monossilabo. Plural. Só. Viajante . Caseiro.