segunda-feira, fevereiro 27, 2012

A Ciência acabou com Deus?

Por 50 anos, o filósofo britânico Antony Flew foi um ateu muito respeitado por seus colegas. Seu ensaio Theology and Falsification (Teologia e Falsificação), de 1950, “tornou-se a publicação filosófica mais reimpressa do . . . século [20]”. Em 1986, Flew foi chamado de “o mais influente dos críticos contemporâneos do teísmo” (crença em Deus). Assim, muitas pessoas ficaram chocadas quando Flew anunciou em 2004 que tinha mudado seu modo de pensar.




O que levou Flew a mudar de ideia? Em poucas palavras: a própria ciência. Ele ficou convencido de que o Universo, as leis da natureza e a própria vida não poderiam ter surgido por mero acaso. Faz sentido essa conclusão?



Como surgiram as leis da natureza?



O físico e escritor Paul Davies afirma que a ciência consegue explicar muito bem os fenômenos naturais, como a chuva. Mas ele diz: “Quando se trata de . . . perguntas como ‘Por que as leis da natureza existem?’, a situação é mais complicada. As descobertas científicas não ajudam muito a esclarecer esse tipo de dúvida. Muitas das perguntas mais importantes continuam sem resposta desde o início da civilização e ainda nos perturbam.”



Em 2007, Flew escreveu: “O mais importante não é o fato de haver regularidades na natureza, mas sim que elas são matematicamente precisas, universais e interligadas. Einstein referiu-se a elas como ‘a razão encarnada’. O que devemos perguntar é o que fez a natureza surgir do jeito que é. Essa, sem dúvida, é a pergunta que os cientistas, de Newton a Einstein e a Heisenberg, fizeram e para a qual encontraram a resposta. Essa resposta foi: a Mente de Deus.”



De fato, muitos cientistas renomados não acham que é anticientífico acreditar numa Causa Primária inteligente. Por outro lado, dizer que o Universo, suas leis e a vida simplesmente surgiram por acaso não é intelectualmente satisfatório. Por exemplo, quando pensamos nas coisas que usamos no dia a dia, em especial aquelas que possuem um projeto complexo e sofisticado, fica claro que foi preciso alguém para projetá-las.



Em que você vai ter fé?



Embora os novos ateus gostem de dizer que a ciência é a espinha dorsal de suas crenças, a verdade é que nem o ateísmo nem o teísmo se baseiam totalmente na ciência. Os dois exigem fé: o ateísmo, no acaso sem objetivo; o teísmo, numa Causa Primária inteligente. Os novos ateus defendem a ideia de que “toda fé religiosa é cega”, escreveu John Lennox, professor de matemática na Universidade de Oxford, Inglaterra. Mas ele acrescentou: “Precisamos deixar bem claro que quem pensa assim está errado.” Então, fica a pergunta: Que fé resiste à lógica — a dos ateus ou a dos religiosos? Analise, por exemplo, a origem da vida.



Os evolucionistas admitem prontamente que a origem da vida ainda é um mistério — apesar de existirem muitas teorias conflitantes. Richard Dawkins, um dos novos ateus mais influentes, afirma que por causa da grande quantidade de planetas que deve existir no Universo é óbvio que surgiria vida em algum lugar. Mas muitos cientistas respeitados não têm tanta certeza. John Barrow, professor em Cambridge, disse que a crença na “evolução da vida e da mente” acaba “num beco sem saída em todos seus estágios. Existem tantos fatores que impedem a vida de evoluir num ambiente complexo e inóspito que seria pura arrogância sugerir que tudo é possível com a quantidade suficiente de carbono e de tempo”.



Lembre-se também que a vida não é apenas um conjunto de elementos químicos. Na verdade, ela é baseada num tipo extremamente sofisticado de informações, que estão codificadas no DNA. Assim, quando falamos da origem da vida, estamos falando também sobre a origem de informações biológicas. Qual é a única fonte de informações que conhecemos? Numa palavra: inteligência. Será então que uma série de acidentes produziria informações complexas, como um programa de computador, uma equação algébrica, uma enciclopédia ou mesmo uma receita de bolo? É claro que não! Muito menos as informações armazenadas no código genético dos organismos vivos, que são bem mais sofisticadas e eficientes.



É científico dizer que a sorte é a Causa Primária?



Segundo os ateus, “o Universo é assim mesmo, cheio de mistérios, e por coincidência possibilita a vida”, explica Paul Davies. “Se não fosse assim”, dizem os ateus, “nem estaríamos aqui para debater esse assunto. O Universo pode ou não ter uma complexa harmonia subjacente, mas não existe nenhum projeto, objetivo ou significado — pelo menos nenhum que faça sentido para nós”. “A vantagem dessa postura”, observa Davies, “é que é fácil de ser assumida — tão fácil que serve de pretexto”, ou seja, um modo conveniente de fugir do assunto.



Em seu livro Evolution: A Theory in Crisis (Evolução: Uma Teoria em Crise), o biólogo molecular Michael Denton concluiu que a teoria da evolução “parece mais um princípio de astrologia medieval do que uma teoria científica séria”. Ele também se referiu à evolução darwinista como um dos maiores mitos de nossos tempos.



Com certeza, dizer que a sorte é a Causa Primária soa como mito. Imagine esta situação: Um arqueólogo vê uma pedra bruta mais ou menos quadrada. Ele pode dizer que ela tem esse formato por acaso, o que seria uma conclusão razoável. Mais tarde, ele encontra outra pedra, mas com o formato perfeito do busto de um homem, com todos os seus detalhes. Será que ele concluiria que essa peça também surgiu por acaso? Não. Sua mente racional diz: ‘Alguém fez isso.’ Usando um raciocínio similar, a Bíblia diz: “Cada casa . . . é construída por alguém, mas quem construiu todas as coisas é Deus.” (Hebreus 3:4) Você concorda com isso?



O professor Lennox escreveu: “Quanto mais aprendemos sobre o nosso Universo, mais credibilidade ganha a hipótese de que existe um Deus Criador — que projetou o Universo com um objetivo — como a melhor explicação do porquê estamos aqui.”



Infelizmente, uma das coisas que enfraquecem a crença em Deus são as atrocidades cometidas em nome dele. Por esse motivo, algumas pessoas concluíram que a humanidade ficaria numa situação melhor sem a religião. O que você acha disso?





Prisão dos Loucos

Daqui de dentro da prisão  vejo o desfile dos loucos! Existem loucos de todas as especies , porem os que mais me abominam por me assustar tanto são os velhos loucos! A maneira que eles andam se arrastando, a  curvatura quase lapidal e o olhar amargo embalado em passos lentos traz uma cena triste de um filme triste. Daqui de dentro da prisão observo também  a loucura feliz! A loucura que ainda não se deu conta da lado negro! Essas são as crianças esfuziantes que correm pra la e pra cá, bem  defronte a minha visão. Bailam como passarinhos em poças dagua, sorriem alto e deixam um rastro de gotas de sorvete por onde quer que passam. 
Eis que surge também a loucura do amor! O amor!  Os casais apaixonados que dividem o refrigerante e andam com o sonho conjunto estampado em sorrisos e gracejos. Parecem sair duma novela feliz, onde toda a cor do mundo cabe no espaço do próximo beijo, da proxima viagem, do proximo destino...
Vejo tambem daqui do meu anti-mundo os solitarios... O jeito apressado e afobado com que andam não esconde o abismo que os carrega. Tem um olhar cabisbaixo, uma vontade de ter uma leveza que não se aplica mais... o tempo corroeu sua naturalidade e agora somente as sombras e a música baixa pode dar-lhes as mãos. Se afundam em  video-game e em cigarros fatais. Dormem cedo por temer o que a madrugada pode desprender de seus cerebros doentios.
Daqui da minha prisão vejo também o outro eu. Aquele que queria ser livre, voar embriagado , pintar o quadro dos caminhos da vida e das vontades. Vejo o outro eu que sorri também feito louco, espera a proxima chance e paga pra ver o que  esta  guardado no paraiso escondido da vida.

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Priscylla

Então eu respiro. Debaixo do  tempo vivido, por todo caminho sentido e por toda vontade de beijos. Sinto  a tristeza da historia torta, do amor que beira a loucura e traz melancolia e frio. Queria sempre o sorriso, a noite de cumplicidade , suspiros e suor. Queria os cabelos longos e loiros perto do meu nariz, com seu cheiro unico em toda sagrada manhã. O que eu realmente desejava era uma alegria boba, maravilhas ao vento
 pela praia calma e inspiradora...caminho do mar...
Preciso da parte sobria dela gritando mais alto que a parte louca. Tudo isso que me parte ao meio e que me despedaça faz com que eu nao entenda o quadro fixado na parede da vida, e sigo em frente sem saber se existe um abismo ou um prometido paraíso...o sonhado céu...
Ando sem medir os passos, faço rodeios , imagino o outro lado mundo, as ruas , os sons... mas todos esses devaneios que se seguem sempre procuram pelo nome da mulher que conheço pelo nome de amor: Priscylla!

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Rock...



Do que você se arrependeria de não ter (ou de ter) feito se fosse morrer hoje?

Uma enfermeira australiana, chamada Bronnie Ware, trabalha com cuidados paliativos, tomando conta de pacientes em suas últimas semanas de vida. Inspirada pelas histórias que acompanhou, ela criou um blog em que registra suas conversas com quem estava em seu leito da morte.



O site fez tanto sucesso que virou um livro chamado The Top Five Regrets of the Dying (Os cinco maiores arrependimentos de quem está morrendo), sem previsão de lançamento em português. Nele, Bronnie compartilha suas experiências e conta quais são as queixas de quem chegou à beira da morte. Confira as mais comuns:

1. Queria ter aproveitado a vida do meu jeito e não da forma que os outros queriam

O arrependimento mais comum de todos. Segundo Bronnie, quando as pessoas percebem que sua vida chegou ao fim, fica mais fácil ver quantos sonhos elas deixaram para trás. “A saúde traz uma liberdade que poucos percebem que possuem, até que a perdem”.

2. Queria não ter trabalhado tanto

Bronnie conta que esse desejo era comum a todos os homens que ela atendeu. Eles falam sobre sentir falta de ver as crianças crescendo ou da companhia de sua esposa. Isso não quer dizer que as mulheres não apresentem a mesma queixa – mas como a maior parte das pacientes da enfermeira são de uma geração mais antiga, nem todas precisavam trabalhar para sustentar a família.

3. Queria ter falado mais sobre meus sentimentos

Para viver em paz com outras pessoas, muita gente acaba suprimindo seus próprios sentimentos. De acordo com a enfermeira, alguns de seus pacientes até desenvolveram doenças por carregar esse rancor e esse ressentimento e nunca falar sobre o assunto.

4. Não queria ter perdido contato com meus amigos

“Todos sentem falta dos amigos quando estão morrendo”, afirma Bronnie. Segundo ela, muitas pessoas não percebem que sentem saudades dos amigos até as semanas que precedem sua morte.

5. Queria ter me permitido ser feliz

De acordo com Bronnie, muitas pessoas só percebem no fim que a felicidade é, na verdade, uma questão de escolha. “O medo de mudar fez com que eles fingissem para os outros e para eles mesmos que eles estavam satisfeitos quando, no fundo, tudo o que eles queriam era rir e ter mais momentos alegres”, conclui.

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Trecho de " Como me Tornei Estúpido "

 " Observando como o pensamento das pessoas embriagadas era vago e distante de qualquer preocupação com respeito à realidade, como suas frases


se satisfaziam com a incoerência e, como coroando tudo, tinham a ilusão de declamar soberbas verdades, Antoine decidiu aderir a esta promissora filosofia. A embriaguez parecia-lhe o meio de suprimir toda e qualquer veleidade reflexiva da sua inteligência. Embriagado, ele não teria necessidade de pensar, ele já não o poderia: seria um retórico de aproximações líricas, eloqüente e volúvel. A inteligência no seio da embriaguez já não teria sentido; com suas amarras afrouxadas, ela poderia fazer naufragar ou ser devorada por tubarões sem que disso se desse conta. Risos sem motivo, exclamações absurdas, em estado de ebriedade ele amaria todo o mundo, seria desinibido. Dançaria, vira- voltaria! Oh, certamente, ele não esquecia a parte sombria do álcool: as tonturas, os vômitos, a cirrose à espreita. E a dependência.

Ele contava com sua transformação em alcoólatra. Isso traz plenitude. O álcool ocupa totalmente o pensamento e dá fim ao desespero: cura. Ele freqüentaria então as reuniões dos Alcoólatras Anônimos, contaria a sua trajetória, seria apoiado e compreendido por seres da sua espécie, os quais aplaudiriam sua coragem e sua vontade de recuperar-se. Ele seria alcoólatra, ou seja, alguém que tem uma doença socialmente reconhecida. Os alcoólatras são compreendidos, são cuidados, têm uma consideração médica, humana. Ao passo que ninguém pensa em compadecer-se das pessoas inteligentes..."
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