terça-feira, abril 21, 2009

Eu sempre acreditei na lua


Eu sempre acreditei na lua.

Quando ela me olhava no alto de toda sua luz, toda cheia de sí, estava sempre no canto do céu, no espaço que era todo seu.

Parecia que havia dormido e bebido o dia inteiro e agora descansava serena com as pernas soltas no ar.

Me lembro bem de quando ela acenava pro cometa que passava apressado e de quando pergunta silenciosamente em reflexo para o mar se estava exuberante como sempre.

Uma estrela era amiga íntima da lua, dividiam segredos, contavam seus sonhos, trocavam olhares de longe e sabiam de toda doçura do universo.

Eu sempre acreditei na lua! Crescente , quente, inconsequente e abominavelmente!Feito louco apaixonado!

Eu sempre acreditei na lua!

Transborda meu coração quando chove em Candeias


Chove em Candeias e meu coração transborda!

É o cheiro da terra molhada. Transborda com o chato bemtevi e com toda sua turma de almas penadas.

A minha rua que leva ao mar na sua certeza sorridente já conversa comigo! Posso ouvir a cada passo os relatos da memória dizendo o quanto foi bom... Quero continuar na rua da memória!

A brisa leve...

Esse meu andar inconstante...

Essa mesma rua...

Daqui de longe faço a ponte para os mais variados mundos, partindo ávido e insandecido pelos outros espaços que me cabem, ou não...

A chuva continua...

Transborda meu coração quando chove em Candeias!!!

quarta-feira, abril 15, 2009

Atento


Sou um observador solitário de olhares . Olhares solitários como os meus.

Vejo o amor estampado nos olhos desatentos e isso me soa como um estampido!

É questionadora toda expressão absurda que se esvai naturalmente desse semblante! Tem cheiro de verdade! Tem uma unidade,solidão, solidez e uma serenenidade que mastiga a alma por uma lado e reacende a vida por outro...

Então arrebato a culpa e o temor por ser o irresponsável por tudo isso, por esse momento. Fico paralizado de pensamentos ,fixado no fato mais próximo de alguma divindade que presenciei em toda vida.

É tanta alma! É tanta paz escapando pelos poros sem que a beleza radiante sentada a minha frente se de conta...

Repito que as vezes me assusto...

Acho que não cabe á mim...

Amo assim minuciosamente em olhares de uma angulo favoravelmente mágico! Bravo!

Fica decorado tudo isso que me parece incolor, mas que transborda em cores uma felicidade esperançosa pra depois de amanha! Feliz!

sábado, abril 11, 2009

Chorinho


Chôro baixinho

Tarde da noite

Num imenso sono

Acordo feliz


O que é que me diz

O anjo do céu

Que vale o mundo

Deixando assim??


Levanto confuso

Tesouro no colo

Será a barriga

Doendo em mim??


E fica tão calmo

Que tão de repente

A gente nem sente

Despede d mim!

quinta-feira, abril 09, 2009

AntiMovimento






























































































































































São palavras que saem de repente. É o mundo que figura as imagens que meu olhar as vezes nao entende. É a vontade e o querer misturados a longa manhã de sono. Desafio o tempo sentado com um cigarro lento. O sol parece indiferente ao calendario, assim como a chuva , o vento forte e a tranquila lua que me sorri no seu quarto crescente.












































Estão todos ali parados. Estáticos. No mesmo lugar.












































Enquanto isso eu choro , eu posso sorrir , eu entro em panico e gozo de felicidade. O movimento que causa a vida é o mesmo que enlouquece.












































Podia ouvir mil vezes o mesmo velho rock, andar pela orla ora desesperado , ora nao me cabendo em alegria, mas o movimento novamente, ele existe...e faz esse turbilhao confundir a mente e o coração.












































Nunca duvidei da importancia da cerveja. Quero uma agora aqui comigo, inseparavelmente gelada.












































Até os carros parecem incomodados com tanto vai e vem. Essa inconstancia irriquieta é a vida! Vida que pulsa e foge ás explicações e a toda metodologia cientificamente casual. A grande contradição entre o pobre mortal e o sol são as lagrimas. O sol se mostra frio e sem emoção, apesar de ser todo calor. A chuva apesar de cair feito lagrimas nao chora. É tudo um teatro onde os fantoches são os feitos de carne e osso.












































Eu continuo desafiando o movimento.












































Parado. Ímovel. Semi inerte. Carrego em meus ombros metade da dor do meu mundo, a outra metade divido nos passos que obrigatoriamente tenho que consumar.












































Agora que chega nova sexta-feira posso enfim me cobrir da cegueira ilusoria que me acomete a cada fim de semana.












































O movimento. O corpo em movimento.




































Dançam agora todos os orgãos internos do meu corpos embalados pelo samba inconscientemente triste que cadencia meu coração...

domingo, abril 05, 2009

Adios Amigos !


Aos meus amigos sinceros escrevo esta noite. A todos aqueles que dividem comigo sorrisos, dores , angustias , amores , cigarros e cervejas. Aqueles mesmos que sabem o quão sagrada é a mesa de bar e a infinidade de sonhos e mundos que ali nascem ou morrem.

Brindando sempre, tentando ser feliz sempre! Esses são os meus amigos!

As vezes o tempo doido se mistura com a vida louca e essa equação acaba com o nome de distancia, distancia essa que so alimenta a vontade do reencontro e de mais uma celebração.

E vamos todos tentar trabalhar, tentar entrar no círculo cruel que nos chicoteia com suas imposições e com sua especialidade mortal de dizimar castelos... Mas amigos estão por perto e servem para novas construções. Pode vim uma onda imensa e espalhar todo o sentimento, mas os leais se juntam e tramam uma nova felicidade á beira de um botequim, uma varanda grande ou uma sala de estar, de bemestar!

Aos meus amigos toda sorte do mundo, todo amor que houver nessa vida e muitos, muitos, mais muitos mais trocados que lhes deem garantia!

Um brinde!

sábado, abril 04, 2009


Diga Lá, Coração
Gonzaguinha
Composição: Gonzaguinha


São coisas dessa vida tão cigana

Caminhos como as linhas dessa mão

Vontade de chegar

E olha eu chegando!

E vem essa cigarra no meu peito

Já querendo ir cantar noutro lugar.

Diga lá, meu coração

Da alegria de rever essa menina,

E abraçá-la,E beijá-la.Diga lá, meu coração

Conte as estórias das pessoas,

Nas estradas dessa vida.

Chore esta saudade estrangulada

Fale, sem você não há mais nada

Olhe bem nos olhos da morena e veja lá no fundo

A luz daquela primavera.

Durma qual criança no seu colo

Sinta o cheiro forte do teu solo

Passe a mão nos seus cabelos negros

Diga um verso bem bonito e de novo vá embora

Diga lá, meu coração

Que ela está dentro em peito e bem guardada

E que é preciso

Mais que nunca

Prosseguir,Prosseguir.


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