quinta-feira, outubro 23, 2008

Onibus


Eu não caibo nesse ônibus que passa apressado as 5 da manhã. Acho que sou livre demais pra estar dentro dessa máquina que carrega pseudo-escravos para a imposta rotina. Ficam na casa dos passageiros o sono leve, o último cd que o adormecer cansado nao deixou que tocasse, fica o amor da mulher que dorme serena e fica a vontade de decorar o sono dos filhos.Talvez o meu erro maior seja sentar nos bares junto a loucura, contar pra elas alguns segredos sagrados e depois ir embora fingindo ser sóbrio. Aquele onibus me assusta!Seria ele o caminho certo pro fim do mundo ou seria ele toda redenção de que o bicho- homem necessita? Essas perguntas constantes sempre me acompanham no quarto. Sempre vem um fantasma vestido de raios solares.Sempre apago sem me aperceber que outro dia ja castiga meu cérebro por antecipação, e que de novo o onibus macabro faz o seu insano balé, indo e vindo , deixando no ar todo um mundo que foi, que é e que poderia ter sido.Sigo andando... Um brinde!

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Filme na madrugada. Disco velho. Livro empoeirado. Caixa fechada. Coração trancado. Monossilabo. Plural. Só. Viajante . Caseiro.