quarta-feira, fevereiro 07, 2007

V de Vingança



Filme que tem roteiro dos irmãos Wachowski, os responsáveis por Matrix, e que de certa forma recuperou o prestigiu que, para alguns, eles perderam com as continuações da famosa trilogia de ficção-científica. Aqui eles deixaram a direção a cargo de seu assitente James McTeigue, que cumpre bem a tarefa. O filme é baseado em uma das melhores histórias em quadrinhos de todos os tempos, escrita por Alan Moore (que já teve outras criações suas transportadas para o cinema, mas nunca concordou em nada com essas versões) e desenhada por David Lloyd. Em uma Inglaterra que é governada por uma ditadura, um justiceiro mascarado busca vngança e liberdade. Ele é V (interpretado por Huge Weaving, de Matrix, e que tem o rosto escondido o tempo inteiro por uma máscara). Na sociedade do futuro em que V habita, os EUA ruíram em uma guerra confusa e a Inglaterra só sobreviveu graças a um governo fascista. A imagem do país é austera como o rosto do chanceler Sutler (John Hurt de Manderlay), que fita os cidadãos na TV, nos outdoors, como se estivesse vigiando tudo. Existem também os Fingermen, uma força policial com poder de invadir a residência de qualquer um sem mandato judicial. E ainda atos de repressão a qualquer minoria que tente se manifestar. O governo do Chanceler Sutler tenta sufocar a audácia de V colocando toda a força policial em seu encalço, mas o excêntrico terrorista parece mais preocupado em se aproximar de Evey (Natalie Portman), que justamente trabalhava no estúdio de TV. O mascarado leva a mocinha para seu esconderijo e a faz tomar contato com um mundo de coisas proibidas, desde livros e filmes até canções e poesias. É aqui que V de Vingança transcende sua proposta de entretenimento. Além do conflito com a velha moralidade, V acaba levando a menina a entender conflitos mais ambíguos: aqueles que se passam no interior da alma, as tragédias que limitam a auto-realização, a guerra entre a vida e o idealismo.

Um comentário:

um brôto,um brôto ébrio. disse...
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