
Precisei tirar por um tempo o coração de dentro do meu peito. Precisei colocá-lo num balde de gelo, solitário, com a companhia apenas do meu olhar raro, perdido. Escalei minhas vértebras a fim de calcular o corte exato para que a dor fosse a mínima possível, partindo da anti-ideia de que seria algo sem igual... sem igual...
Quis tocá-lo! Por vezes o confundi com o cérebro! Achei que ele tinha pensamento próprio, que guiava tranloucadamaente todos os caminhos, que sabia o que não queria e instalava mil setas coloridas que me apontavam a direção. Passado o destempero, passada toda água limpa e suja, passado todo o futuro possivel, encurralei-o novamente em meu peito. Algo estava diferente! Algo se anunciava como novo! E eu pude juntar as duas partes e conhecer este estranho e novo coração...
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