
Eu sou um homem fechado.O mundo me tornou egoísta e mau.E a minha poesia é um vício triste,Desesperado e solitárioQue eu faço tudo por abafar.
Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,Com o teu passo leve,Com esses teus cabelos...
E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreendernada, numa alegria atônita...
A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútilAonde viessem pousar os passarinhos.
Mario Quintana
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