

São palavras que saem de repente. É o mundo que figura as imagens que meu olhar as vezes nao entende. É a vontade e o querer misturados a longa manhã de sono. Desafio o tempo sentado com um cigarro lento. O sol parece indiferente ao calendario, assim como a chuva , o vento forte e a tranquila lua que me sorri no seu quarto crescente.
Estão todos ali parados. Estáticos. No mesmo lugar.
Enquanto isso eu choro , eu posso sorrir , eu entro em panico e gozo de felicidade. O movimento que causa a vida é o mesmo que enlouquece.
Podia ouvir mil vezes o mesmo velho rock, andar pela orla ora desesperado , ora nao me cabendo em alegria, mas o movimento novamente, ele existe...e faz esse turbilhao confundir a mente e o coração.
Nunca duvidei da importancia da cerveja. Quero uma agora aqui comigo, inseparavelmente gelada.
Até os carros parecem incomodados com tanto vai e vem. Essa inconstancia irriquieta é a vida! Vida que pulsa e foge ás explicações e a toda metodologia cientificamente casual. A grande contradição entre o pobre mortal e o sol são as lagrimas. O sol se mostra frio e sem emoção, apesar de ser todo calor. A chuva apesar de cair feito lagrimas nao chora. É tudo um teatro onde os fantoches são os feitos de carne e osso.
Eu continuo desafiando o movimento.
Parado. Ímovel. Semi inerte. Carrego em meus ombros metade da dor do meu mundo, a outra metade divido nos passos que obrigatoriamente tenho que consumar.
Agora que chega nova sexta-feira posso enfim me cobrir da cegueira ilusoria que me acomete a cada fim de semana.
O movimento. O corpo em movimento.
Dançam agora todos os orgãos internos do meu corpos embalados pelo samba inconscientemente triste que cadencia meu coração...
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