domingo, março 30, 2008
Sobre o trabalho....(Terrorismo Poético)

Isso não significa que precisamos parar de fazer coisas. Significa criar um novo estilo de vida baseado na brincadeira; em outras palavras, uma revolução lúdica. Com 'brincadeira', quero dizer também festividade, criatividade, convívio, comensalidade e talvez até arte. Brincar é mais do que brincar como crianças, por mais que isso tenha seu valor. Eu clamo por uma aventura coletiva de alegria generalizada e exuberância livremente interdependente. Brincar não é algo passivo. Sem dúvida, precisamos de muito mais tempo do que temos agora para o ócio e a folga totais, independentemente de renda ou ocupação; mas, uma vez recuperados da exaustão causada pelo emprego, todos nós queremos agir. A vida lúdica é totalmente incompatível com a realidade existente. Pior para a 'realidade', o buraco gravitacional que suga a vitalidade daquele pouco na vida que ainda a distingue da mera sobrevivência. Curiosamente - ou talvez não -, todas as velhas ideologias são conservadoras porque acreditam no trabalho. Algumas delas, como o marxismo e a maioria dos tipos de anarquismo, acreditam no trabalho ainda mais ferozmente porque acreditam em bem pouca coisa além dele. Os liberais dizem que devemos acabar com a discriminação nos empregos. Eu digo que devemos acabar com os empregos. Os conservadores apoiam leis de direito ao trabalho. Seguindo o gênio rebelde de Karl Marx, Paul Lafargue, eu apoio o direito à preguiça. Os esquerdistas são a favor do pleno emprego. Como os surrealistas - só que eu não estou brincando - sou a favor do pleno desemprego. Os trotskistas fazem agitação em nome da revolução permanente. Eu faço agitação em nome do deleite permanente. Mas se todos os ideólogos (como de fato eles fazem) defendem o trabalho - e não apenas porque planejam fazer com que outros trabalhem por eles -, estranhamente, eles relutam em dizer isso. Falam sem parar de salários, jornadas, condições de trabalho, exploração, produtividade, rentabilidade. Falam de tudo, menos do próprio trabalho."
sexta-feira, março 21, 2008
segunda-feira, março 17, 2008
Parisiense
domingo, março 16, 2008
O Juizo Veio Falar Comigo
O juizo veio falar comigo
Sentou á mesa do bar
Sacudiu a cabeça sorrindo
Acendeu um cigarro a fumar
Calculou bem exato meu tempo
Deu um trago e um soco no ar
Perguntou sobre as horas sorrindo
E pediu para eu esperar
Me olhou bem no fundo dos olhos
As palavras se vestiam de ar
Reparou na leveza da tarde
Perguntou se podia ficar
De repente gargalhou feito louco
Outro traga, outro soco no ar
Levantou de um jeito tão lento
E se foi sem mais nada falar ...
Sentou á mesa do bar
Sacudiu a cabeça sorrindo
Acendeu um cigarro a fumar
Calculou bem exato meu tempo
Deu um trago e um soco no ar
Perguntou sobre as horas sorrindo
E pediu para eu esperar
Me olhou bem no fundo dos olhos
As palavras se vestiam de ar
Reparou na leveza da tarde
Perguntou se podia ficar
De repente gargalhou feito louco
Outro traga, outro soco no ar
Levantou de um jeito tão lento
E se foi sem mais nada falar ...
sábado, março 15, 2008
Mesmo Agora

Mesmo agora triste
Por esses pedaços caidos
Mesmo assim respiro
E assombro com sorrisos
Mesmo nesse tempo seco
Sem uma cor que me alegre
Sem um palpite certo
Acendo meu cigarro
Nesse fuso horario errado
Nessa angustia de incertezas
E no meu coraçao desfigurado
Preservo as memorias
Mesmo nesse instante oco
Nesse descompasso louco
Erro a direçao
Mas viajo nos meus passos...
sábado, março 08, 2008
Fuzuê

O certo nao faz sentido agora
O tempo da razao se esgotou
O cerebro esta pulando carnaval
Enquanto chora o tolo coração
Nem mesmo as palavras bonitas
Se comoveram com tal situação
Os suspiros e os soluçoes
Sao sempre fieis e socorrem o pulsante
Sao sempre solidarios e ouvem o pranto
Mas a gargalhada louca
Os passos desgovernados
E o brilho dos olhos
Dividem euforicos a mesma cerveja...
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