quinta-feira, abril 24, 2008

A Morte Perdeu


A morte nao me causa mais espanto. A morte não me assusta mais. Quando vi a serenidade de minha tia no caixao, inerte, estatica, imovel, percebi que o fim nao tem gosto de nada e não se pode tocar.
As lagrimas pranteadas ao redor davam um incrivel contraste diante a indiferença do cadáver que não tinha a minima percepão do que se passava.
Penso que toda a dor que o mundo lança sobre nossos ombros se enterram antes mesmo do corpo , o que me da uma meia certeza de que morrer é magia. É realmente algo do além.
Depois dessa ( novamente ) meia convicçaõ passei a andar com um sorriso maior estampado na face. Passei a olhar mais pro céu e penso ate em parar de fumar. Acho que cada cerveja é tão sagrada quanto cada pão matutino e o beijo que eu desperdicei por raiva besta sera redobrado esta noite.
A morte queria me assustar fazia tempo! A morte queria por areia nas minhas vontades e me deixar trancado na caixa preta do meu quarto escuro. Engraçado é que agora eu consigo sorrir de tudo,( mesmo sendo um quase depressivo) afinal não é a antes indesejada das horas o que de verdade me traz problemas e confusões.
Agora que me faço mais vivo do que nunca vou rezar a Deus para que meu fim seja colorido, silencioso e indolor. Viva!!!

domingo, abril 20, 2008



quinta-feira, abril 17, 2008

In Certezas


Agora é a hora de ser amigo da calma. E a hora de olhar tudo de cima e ver exatamente o que nao te cabe mais. A ilusão ja esta bebada e escorada no balcao, os sonhos já estao dizendo adeus e a escadaria não é mais um misterio. Todos sabem que o perfume vai embora mas nunca deixam de usa-lo, a vida que quer se renovar com novos aromas , novas promessas e falsas palavras fantasiadas de medo.
O que mais entristece é saber que realmente houve oum momento em que ela pulsava inflexivel e desgovernada, havia uma essencia qualquer nos ares que fazia a combustao no coraçao e a inflamação da alma, coisas que jamais vou entender.
A camisa nova que visto essa noite me dá a contraditoria certeza de que ainda vale a pena, faz eu esquecer por 9 cervejas o que realmente assombra minha solidão, que vem correndo me pedir abrigo.
Mas como a única coerencia que temos é a escuridão vista por olhos humanos,insisto, brindemos novamente e espalhemos resquicios de loucura no mundo . Até!

domingo, abril 06, 2008

Extraterrestres


Sei que meus olhares não são os mais corretos. Sei que minhas palavras quase nunca tem sentido. As vezes penso que a nave da qual eu despenquei nunca mais vai voltar. Acho que fui abandonado em meio a seres estranhos. Tentei nao me impressionar com os montros de camisa de seda, com os terrores da televisao e com a cor estranha do sangue da morte do leiteiro.Olhando pro céu no meio do caos confesso que surge uma esperança de que minha nave volte e me leve leve daqui.Poesias, flores, drinks, video-game, chuva , mar e pizza sao algumas coisa que me salvam nesse universo paralelo. Se tenho saudade do que não lembro, divido essa constante com a mais calada estrela. É noite. Faz frio.Enquanto isso, vou vagando sem entender sequer um segundo desse tempo que ja nem me importa, que ja passa veloz e que nao tem nenhum resquicio de razão.Um brinde!

quarta-feira, abril 02, 2008

Ruminacoes e abatimentos paranoicos


Ruminações e abatimentos paranóicos


Pode ir com ela Pode ir com a outra Espalhar seus encantos Em taças de devassidãoMande poemas de amor para CristinaCante uma toada para LuanaE esparrame meu amor no bueiroNão vou me queimar com o cigarroNão terei convulsões na porta da sua casaNão cultivarei sorrisos amarelosNem agressividades eróticasNenhuma lágrima no pote de doce mofadoMordidas no pulso acidentadoAssinalo que dissimularei meu torporE te cobrirei com beijos vingativosQue encontrarás meu corpo ainda quenteNa cova de um exílioSanta com pernas Disfarçadamente escancaradasDebaixo de batinaTortura silenciadaBalada da grutaSentimento suicidaFico grata pelas mentirasPela eletricidade derretendo minha fossaPor ser pega de surpresaCom labirintos de estrelasNunca minhasDesejo o eterno gozarDe todas as suas princesasQue morram como euDe amorDe vilezaNossos cérebros pendurados E corroídos Decorando sua vaidadeUm artista em vulcãoDomador de cachorras Sei que não sou encarteTalvez osso para roerNo finalzinho da tarde

terça-feira, abril 01, 2008

Enjoo


Eu tinha a certeza

Que seria rapido

Trago seguro

Outro cigarro...

Sabia que nao duraria

48 caixas de cerveja

12 litros de whisky

E meia garrafa de cana

Se engana quem pensou

Que seriam mais de 17 pizzas

29 caipirinhas

E uma garraga de absinto

E hoje o que na verdade sinto

E uma ansia de vomito

Um descontentamento no estomogo

Que agora vai acabar...
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Filme na madrugada. Disco velho. Livro empoeirado. Caixa fechada. Coração trancado. Monossilabo. Plural. Só. Viajante . Caseiro.